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O americano Kenton Miller personifica como poucos a história de uma geração de ambientalistas que lutou para o estabelecimento de importantes áreas protegidas em todo o mundo. Durante décadas, seja como pesquisador ou como presidente da Comissão Mundial de Parques Nacionais da União Internacional de Conservação da Natureza (UICN), ou como Diretor Geral da UICN, ele contribuiu para criar sistemas nacionais de unidades de conservação e para melhorar a qualidade do seu manejo. Sua maior preocupação sempre foi o planejamento rigoroso da proteção e uso da biodiversidade. “O planejamento nos possibilitou escolher, da melhor maneira, os lugares para conservar e de definir a participação do Homem”, ele explica. Recentemente, a UICN lançou um prêmio que leva seu nome, com o objetivo de reconhecer iniciativas pioneiras de gestores de parques e reservas que contribuem para melhorar o planejamento e sua efetiva implementação. Em uma visita ao Brasil no mês de março, teve um encontro memorável com os colunistas de O Eco Maria Tereza Jorge Pádua e Marc Dourojeanni. Neste bate papo, Miller revelou suas preocupações com a falta de apoio dos governantes às áreas protegidas, as crescentes ameaças sobre a biodiversidade, além de defender a necessidade de treinamento aos guardas parques. Aposentado, ele afirma que quer dar opiniões sem se preocupar em ser “política ou diplomaticamente correto
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