
Abrigo do Cavalo Branco (PNSO), 1958. Da esquerda para direita: Minchetti, Sobral e Bucheister (conquistador da Agulha do Diabo). Na frente deles, Alice Maryan.
Ele foi um dos principais atores da escalada moderna brasileira, tendo como companheiros pessoas como Salomith, Thiers, Alice Maryan, Mário Senna e tantos outros.(wall)
Raimundo Luis Minchetti era em pessoa a figura da transição entre as Eras da Consolidação e a Moderna do montanhismo brasileiro. Seus mestres pertenceram à fase da consolidação, mas soube viver intensamente a moderna. Na longínqua década de 1950, já flertava com o que de mais novo acontecia com a escalada: novos materiais como pítons e cunhas de madeira e a escalada artificial. Foi assim na conquista do Paredão XV de novembro, usando cunhas de madeiras e pítons (sem grampos) e o Paredão Janio Quadros e Variante Central, ambas na Agulinha do Inhangá (Copacabana) onde a escalada artificial no Brasil deu seus primeiros passos.
Mas fez parcerias inesquecíveis com Salomyth Fernandes e Thiers Meirelles, conquistando belíssimas vias como os Paredões Lionel Terray (Pedra Bonita), Comicci (Dois Irmãos de Jacarepaguá)e a Chaminé Riccardo Cassin (São Pedro, PNSO). Era um montanhista completo – excelente escalador e mateiro além de um grande conquistador de vias de escaldas e de caminhadas.
Perdemos também um dos maiores especialistas em Serra dos Orgãos, Itatiaia, Floresta da Tijuca e que poucos sabem, das montanhas de Bariloche. Para nós, fica a história de um homem que viveu sua vida para as montanhas...
Wall
Nenhum comentário:
Postar um comentário