sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Chapada Diamantina está virando cinzas

Quando se pensa em visitar a Bahia, um dos primeiros lugares que vêm à cabeça é a Chapada Diamantina, no centro do estado. Conhecida pela gama de atrativos para o ecoturismo e recheada de cavernas, a região passa por um momento difícil. No dia 3 de outubro, foram avistados os primeiros focos de incêndio da temporada dentro do parque nacional, com 152 mil hectares de campos rupestres, Mata Atlântica e Cerrado.

Há cerca de um mês, no entanto, as chamas ganharam força. Resultado: cerca de metade da área ocupada pela unidade de conservação já virou cinza. Trata-se da maior tragédia ambiental de sua história. “Todo o impacto poderia ter sido minimizado. Mas a divisão do Ibama e a criação do Instituto Chico Mendes deixaram todas as unidades de conservação federais órfãs”, diz Cézar Gonçalves, analista ambiental do Parque Nacional da Chapada Diamantina.

A situação entrou, faz tempo, em estado de emergência. “É um verdadeiro Inferno de Dante”, relatou Gonçalves há cerca de duas semanas. De lá para cá, o cenário só fez piorar, o que levou o servidor a enviar uma carta de desabafo carregada de emoção para os endereços eletrônicos de pessoas próximas. O teor era de profunda decepção com a atitude do governo federal, diretamente responsável pela falta de controle dos incêndios.

“A verdade é que a gente faz de conta que administra um parque nacional. Ou alguém em seu juízo normal pensa que uma área com 152 mil hectares, com mais de 100 famílias morando dentro, cercada por cinco cidades que, de alguma forma, dela se utilizam para atender a suas necessidades, pode ser administrada por cinco analistas ambientais e está tudo bem?”, indaga Cézar no texto. Logo depois, ele diz que a omissão do ICMBio e do Ibama em relação às áreas protegidas do país é tão grande, que o parque perde o sentido de existir.

Leia a matéria na íntegra no site: O ECO

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