sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Teste de resistência em chapeletas



Apos a recente reforma feita na via Arco da Velha no Pico Maior, o Adrian
fez uns teste de resistencia com a chapas retiradas de la...

Eram chapas da conquista (1985)..... e as bichinhas aguentaram bem.....

O resultado pode ser visto no nosso site

www.femerj.org


Bernardo

1o. Bazar de Nata da Limite Verticall!


A Limite Vertical tem o prazer de apresentar o seu 1o. Bazar de Natal!

Se você precisa comprar presentes para os amigos escaladores (e não escaladores também!), esta é a sua chance:

Contaremos com stands da Deuter, Agarras VDOZE, Produtos do Paulo Macaco, Lojinha de Escalada e Design de Coisinhas, Faixas de Cabelo da Mari, Acessórios em Cerâmica da Carolina Amaral, Pinturas em Aquarela das Montanhas do Rio, Camisetas/Livros/Equipamento Novo e Guias de Escalada, Roupas da Três Picos, Brechó, Acessórios da Nathalie, Caixas Fotográficas da Carla Vieira, Stand de Massagem e o imperdível Mercado de Equipamentos Usados de Escalada.

Aproveite e venha treinar!!! O muro estará liberado mediante taxa de R$5 que inclui também o Desafio de Boulder, cujo formato será o mais descontraído possível. Haverão 10 problemas, um para cada graduação de dificuldade - V0 até V9 - montados nos dois setores (cueva e cave). Os boulders poderão ser trabalhados livremente, em clima de boulder session entre amigos, afinal é uma época de confraternização! As "cadenas" serão anotadas e no final haverá uma premiação por parte dos expositores.

Também teremos comidinhas à venda no dia e a animação vai ser garantida com muito som de qualidade!

Venha se divertir e festejar o fim de ano com a gente! Esperamos a sua presença!

Confira o vídeo promocional:
http://www.vimeo.com/2366810

Cocalzinho no Planeta EXPN

Povo da Montanha,

Está no site do Planeta EXPN uma matéria sobre as escaladas em Cocalzinho (GO), um dos mais impressionantes e promissores points de escalada em boulder do Brasil.

Para encontrar esta e outras matérias de escalada, digite "frechou" ou "escalada" na busca e clique em Procurar. Confira: http://espnbrasil1.terra.com.br/planetaexpn/

Confira também o blog de escalada: http://blogs.espn.com.br/eliseufrechou

O Planeta EXPN é primeiro programa da ESPN produzido também para internet com vídeos dos principais campeonatos dos esportes de ação, entrevistas exclusivas, sessões com manobras incríveis e ainda as colunas eletrônicas e blogs do time de especialistas. Assista ao programa de segunda a sexta, às 14h, ao vivo na ESPN-Brasil.

Boas escaladas.



Eliseu Frechou - Guia de Montanha
telefax: (12) 3971.1470
celular: (11) 9729.4123
e-mail+msn: frechou@montanhismus.com.br
site: http://www.montanhismus.com.br

projetos: http://www.eliseufrechou.com.br
blog: http://blogs.espn.com.br/eliseufrechou

A essência do montanhismo

Uma ótima dica do Felipe Dallorto do Escaladajpa de um filme antigo de um grande montanhista Emilio Comici, vale apena assistir ! Cenas mostrando o rapel de antigamente e as escaladas e paradas também, bizarro!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Porque subir montanhas?


Uma montanha pode ser um desafio alimentado por anos a fio, ou um lazer despretensioso, o qual será relatado neste texto.

Olhe ao redor de sua casa, está vendo aquele velho morrote? Acorde mais cedo num domingo e caminhe até o topo. Mas não vá sozinho! Leve uma amiga, o namorado ou os filhos. Leve um chocolate quente para celebrar o nascer do sol. Isto é tudo o que basta para adquirir o vício. E subir montanhas não é um vício daqueles difíceis de largar. Quanto mais você sobe, mais quer subir. Quanto mais picos conhecemos, mais queremos visitar.

Subir para respirar

Na montanha respiramos mais e melhor. As caminhadas são exercícios aeróbicos, e quanto mais inclinado o terreno, melhor é o treino para o fôlego. O ar da montanha... Bom, o ar da montanha dispensa comentários.

Subir para curtir os amigos

A turma é divertida? Topa tudo? Vamos todos para a montanha! A diversão começa nos convites: saber quem vai, quem fica, etc. Depois, arrumar a tralha, encher cantil, limpar (!) as botas e escolher a barraca. Até que chega a hora da subida, cheia de surpresas. No topo, a satisfação de "chegar" e cumprimentar a lua. Dormir e ser acordado pelo sol, para então descer e começar a programar a próxima caminhada.

Subir sem tempo

"Como assim? Se eu não tenho tempo, como vou subir?" "Sem tempo para chegar, eu quis dizer". "Mas se não dá para chegar, para quê eu vou subir? "Numa subida, você é o dono do seu tempo e do seu ritmo. Caminhar é uma atividade cujo desempenho depende de quem a pratica. Existem aqueles que sobem correndo e existem aqueles que percebem cada flor do caminho. Esta é forma mais gostosa de subir montanhas: cada um no seu passo, da forma que dê mais prazer.

Subir para conversar

Na montanha conversa-se muito. Às vezes conversamos com o colega do lado, mas na maioria das vezes conversamos com nós mesmos. É quase inevitável. Praticamente tudo numa caminhada acontece por instinto. Não precisamos raciocinar para caminhar, para respirar ou para olhar ao redor. Isto libera a nossa mente para passar a vida a limpo. A montanha se transforma assim em companheira atenta e paciente, em psicóloga e em confidente.

Subir até parar

E quando é tempo de parar? Nunca. Existem vovôs e vovós que sobem montanhas de mãos dadas e crianças que deram seus primeiros passos nas encostas de alguma serra. Subir montanhas é um exercício sem restrições. Não devemos ter uma boa saúde para subir montanhas, mas sim, devemos subir montanhas para ter uma boa saúde.

"Enfim, devemos subir montanhas para ver o que há do outro lado e então querer ir mais longe. E lembre-se: uma montanha nunca é vencida, é conquistada! (você vence ou conquista uma amizade?)".

Fonte da minha postagem A magia da montanha

Texto de "Flávio Nogueira de Melo Oliveira", retirado do site UNICRED

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Imagens panorâmicas de montanhas


O amigo, ex-escalador e atualmente piloto de parapente Luciano “Tijolo” Corrêa, está com um novo hobby bem interessannte: fotos panorâmicas (Vista Panorâmica).

Esse sistema de fotografar permite criar imagens alucinantes, que colocadas dentro de um pluggin shockwave, cria um arquivo que você pode girar em todas as direções. Confira a imagem que o Tijolo fez do topo do Bauzinho, em São Bento do Sapucaí:

Parapente e escalada

Fonte: Blog Eliseu Frechou

Desafio dos Criminosos


Engraçado como nada funciona...

Criam-se APAs, Parques, Monumentos Naturais,mas nada funciona como deveria.
A sigla APA significa: Àrea de Proteção Ambiental. Um Parque é uma UC, que
quer dizer Unidade de Conservação. Uma APA, portanto, é uma área que precisa de proteção e uma UC de conservação.

Não é o que acontece.

APAs e UCs estão virando palco para famigeradas corridas de aventura. Não
tenho nada contra esta atividade, só que um Parque Nacional ou uma APA são
locais inadequados a este tipo de prática.

Uma prova de corrida de aventura, como o próprio nome já diz: é uma corrida.
Além disso, este tipo de prova coloca uma média de 600 pessoas correndo pra
chegar em 1º lugar. Em razão disto, mudas de árvores são pisoteadas,
atalhos abertos, curvas de nível sendo eliminadas em função da "aventura",
pela gana de ganhar.

Uma equipe é constituída de 4 pessoas que desembolsam no mínimo 200 reais de inscrição para empresas que, na maioria das vezes, são virtuais.

O mais chocante é que estas empresas possuem um poder misterioso de passar
por cima de normas estabelecidas dentro de UCs, como o acesso a áreas
intangíveis (áreas delicadas, com espécies nativas que requerem cuidado e
preservação) e em corridas, já que faz parte do plano de manejo dos Parques
a proibição de corridas. O discurso dos organizadores destas provas se
justificam por conta do contato com a natureza. Só que esta é uma péssima
forma de contato. Para ser mais clara, estes corredores não estão nem aí pra
natureza. A utilizam apenas como um palco aonde superam obstáculos, não
importando como, nem que a vegetação e o terreno se sacrifiquem.

Hipocritamente e fraudulento, ainda é o discurso de que reparam os danos
causados. Isto é, eles reconhecem que causam danos, mas não houve até agora
nenhuma reparação com relação ao Ecomotion no Parque Nacional de Itatiaia,
Parque Nacional da Serra do Órgãos e Parque Estadual dos 3 Picos.

A sociedade precisa estar a par de como as coisas funcionam e não funcionam
na área ambiental.

Domingo, dia 16 de novembro uma prova chamada Desafio dos Fortes (fortes o
suficiente para arruinarem uma trilha) acontecerá no recém inaugurado
Monumento Natural do Morro da Urca e Pão de Açúcar. Mais de 300 pessoas
subirão alucinadamente a trilha do Morro da Urca e descer outra sem curvas
de nível (aberta exclusivamente para esta prova) até o forte São João, na
Urca.

A trilha do Morro da Urca é uma trilha popular, bastante freqüentada, recém
recuperada (e ainda em processo de recuperação) pela FEMERJ - Federação de
Montanhismo do Estado do Rio de Janeiro e da Companhia Aérea Pão de Açúcar.
Por força de lei, o Morro da Urca é hoje uma APA. Por conta disso, não
poderiam ser realizadas provas competitivas ou corridas, que aceleram o
processo de erosão. Mas a Secretaria Municipal de Meio Ambiente autorizou
esta prova, organizada por uma empresa virtual em parceria com o exército.

Esclarecendo, o exército faz parte do Conselho Gestor do Monumento Natural,
e como freqüentadora da Urca, desde que o Monumento foi inaugurado nunca vi nenhuma atitude em favor aquela área. Justamente o exército, que tem como desígnio a proteção de nosso território. Muito pelo contrário, retiraram a presença dos guardas na entrada da pista, deixam ciclistas entrarem, pessoas com cachorros e ainda utilizam de forma lucrativa uma área que deveria ser conservada e protegida, incluindo-se os freqüentadores. Eu, por exemplo, fui assaltada ali, por dois cabos do ECEME.

O Monumento Natural está abandonado! E ainda querem eleger o Pão de Açúcar como uma das sete maravilhas do mundo.

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Rosane Camargo

Terra Sem Fronteiras O Livro


Tive o grande prazer de conhecer a Joyce e o Cláudio Guimarães na Adventure Sports fair deste ano , e fiquei com água na boca ouvindo as histórias deles, da vontade de chegar em casa arrumar as malas e sair por este mundão, apesar que sei que as coisas não funcionam assim, pois não é fácil se organizar , correr atrás de patrocínio, ser recebido nas empresas,deixar o conforto da casa e da família para trás, mas uma coisa eu sei, vale a pena este esforço, parabéns, obrigado pela simpatia com que fui recebido no estande de vocês e que venham muitas outras viagens por ai...sucesso sempre

SOMOS FEITOS DE AVENTURA

Luzia de Maria

“Você pode comprar uma passagem aérea e desembarcar no fascinante mundo dos exageros, o Alasca. Mas conhecê-lo de carro, saindo do Brasil, percorrendo toda a América é realmente algo inusitado e fantástico.” Assim avalia a autora do livro. Assim avaliamos nós, que bebemos essa aventura no sabor das palavras, construindo na imaginação os cenários e experimentando as emoções através da leitura. Sair do sul do Brasil num Land Rover, subir toda a América do Sul, atravessar a América Central, cruzar os Estados Unidos e o Canadá e banhar-se nas águas do Mar Ártico é proeza de quem muito ama o conhecimento. Porque, mais do que tudo, o que fica é a certeza do conhecer de perto, do verdadeiramente conhecer, co-nascer, nascer com. Este, afinal, é o significado de conhecer. Leia mais um pouco

Entre aqui e compre o seu livro

Site:
Terra sem Fronteiras

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Estudante brasileiro desaparece na Bolívia após anunciar escalada


Imagem de 2005 mostra o monte Sajama, em Oruro, na Bolívia (Foto: Divulgação/Wikimedia Commons)

A alguns dias que venho acompanhando o desenrolar dos fatos, e fico me perguntando até quando as pessoas vão continuar se expondo a riscos desnecessários, não sou contra a nos aventurarmos por este mundão e espero que esta história tenha um final feliz.

Sei que isso é um assunto polêmico, todos nós gostamos de "sumir" as vezes por ai, mas não podermos nunca esquecer algumas regras básicas de segurança.

Quem não se lembra da história de sobrevivência do escalador norte-americano Aron Ralston, que foi explorar um cânion remoto nos confins do Colorado, nos Estados Unidos, e acabou preso por seis dias, com a mão direita esmagada por uma pedra de meia tonelada, ele acabou tendo que corta-la com um canivete,pois ninguém sabia onde procurar,já que ele não deixou falado com ninguém. Uma das frases que ele disse e que eu não esqueço foi:

"Você escolheu vir aqui hoje; você escolheu este cânion por conta própria. Você escolheu não contar a ninguém onde estava indo."

É assim que funciona, você que escolhe aonde quer ir , ninguem te força a fazer isso, mas pelo mesno você tem que estar pereparado para o que possa acontecer


Pra saber mais: No meio do caminho tinha uma pedra

Uma regra que acho vital e estar preparado para o que se vai fazer, imprevistos acontecem, um bom curso, muitas informações, ficar de olho na previsão do tempo,saber onde se vai passar a noite, deixar avisado pra onde se esta indo, estar preparado pra se abortar uma aventura, ter cuidado pra não se ferir, torcer um pé a 2 kilometros de casa é uma coisa, mas numa montanha, cansado e com fome é outra, até mesmo uma dor de barriga pode te levar a morte, a baixo coloco um link para o Blog Cordada Infinita onde podemos encontrar várias dicas, mas lembrem-se, nada substitui a experiência, estar preparado é a regra fundamental.

RESUMO: As 10 Dicas + importantes para uma Caminhada Segura

Para entender melhor o caso do brasileiro desaparecido seguem dois links:

Estudante brasileiro desaparece na Bolívia após anunciar escalada

Resgate encontra mochila de estudante brasileiro desaparecido na Bolívia

Saiu uma analize muito interessante sobre este desaparecimento do brasileiro Rodrigo Oleinski no site Alta Montanha escrita pelo Pedro Hauck , Clique aqui para ler a matéria

Fontes consultadas:

G1.Globo.com

Revista Gooutside

Blog Cordada Infinita

Decreto de Lula permite que milhares de grutas sofram 'impactos negativos irreversíveis'




Clique aqui e ouça a entrevista com Marcelo Rasteiro, secretário-executivo da Sociedade Brasileira de Espeleologia

Fonte: Rádio CBN

A cegueira das civilizações

Jared Diamond diz que o sucesso de
sociedades do passado não as deixou
ver o perigo ambiental criado por elas
próprias. Ele teme que isso se repita


Diogo Schelp

AFP

NATUREZA NA LATA DO LIXO
Rio poluído em Jacarta, na Indonésia: cada pessoa produz 5 toneladas de lixo por ano


O homem nunca tirou tanto do meio ambiente como nos últimos cinqüenta anos. O avanço acelerado sobre a natureza é o efeito colateral do nosso sucesso. Vista pela perspectiva dos avanços relativos de cada civilização, a nossa exibe brilho sem igual. A fartura inédita de alimentos, a tecnologia para salvar vidas e colocar foguetes na Lua e a compreensão científica dos fenômenos naturais nunca foram maiores. A contrapartida preocupante são a perda acelerada de biodiversidade e a degradação do meio ambiente, a pressão sobre os estoques de água potável, o excesso de pesca nos oceanos e indícios de mudanças climáticas causadas pela ação do homem. O que esse processo mostra é que os recursos naturais podem estar sendo consumidos em velocidade maior que a de reposição do planeta. Há o risco de não sobrar o suficiente para as gerações futuras.

A respeito disso, vale a pena prestar atenção no que diz o americano Jared Diamond. Geógrafo da Universidade da Califórnia, ele é autor de um livro de grande repercussão, Armas, Germes e Aço, lançado há seis anos. Nele, explica como fatores ambientais influenciaram a ascensão de muitas civilizações. Dessa maneira, a disponibilidade de animais e plantas passíveis de ser domesticados ajuda a explicar por que o Ocidente conquistou o restante do mundo – e não o inverso. Ou, em outras palavras, por que foram os espanhóis que desembarcaram no México, e não os astecas na Espanha. Mais recentemente, Diamond estudou o declínio e o sucesso de várias sociedades do passado e acredita ter encontrado um padrão na catástrofe: o desastre ambiental provocado por elas foi decisivo no próprio declínio. A queda de um povo nunca é o resultado de um único fator, diz o geógrafo. Ele pode simplesmente ser aniquilado por um invasor poderoso. Outras vezes, o colapso é provocado pela perda de uma conexão vital – um freguês tradicional para seu único produto de exportação, por exemplo. Pode ocorrer uma mudança climática ou um desastre natural. O elemento isolado mais poderoso, contudo, pelo menos nos exemplos estudados, foi a degradação ambiental. Quando a população cresce, em decorrência do sucesso da sociedade, a pressão por alimento se torna excessiva para os recursos naturais. O resultado é a fome, que leva à desagregação social e a guerra civil.

De qualquer forma, no seu entender, a questão mais importante é o modo com que a sociedade reage aos quatro problemas citados. O sucesso pode cegar as pessoas para os riscos de seu próprio comportamento. Os mesmos valores que permitiram a ascensão daquele povo podem igualmente levá-lo à ruína. O exemplo dessa situação, apresentado pelo geógrafo, não é do passado, e, sim, dos nossos dias. A cultura do consumo permitiu a criação do grau de riqueza da sociedade moderna. O risco é o de que os recursos naturais não dêem conta de atender à demanda, fazendo com que a sociedade volte atrás. Diante da necessidade de alimentar uma população crescente, a civilização maia, a mais brilhante entre as pré-colombianas, devastou a mata, expondo a terra à erosão. Por fim, as colheitas fracassaram e a fome dizimou a população. Envolvidos em guerras permanentes e golpes de Estado, os reis maias não foram capazes de pensar nas gerações futuras.

Antonio Ribeiro

PESCA E MATA AMEAÇADAS
A pesca excessiva dizimou os cardumes de atum. A Amazônia já perdeu um quinto de sua floresta (acima, queimada em Rondônia)



Diamond acredita que o mesmo tipo de desatenção para com o futuro possa estar ocorrendo atualmente. Há realmente sinais inequívocos de como o homem moderno já está sendo prejudicado pelo uso depredatório que faz dos recursos naturais:

• O consumo de água cresceu seis vezes no último século, em grande parte para aumentar a produção de alimentos. O resultado foi a redução da oferta de água para uso humano. Um terço da população mundial vive em regiões com escassez de água, proporção que deve dobrar até 2025. Metade dos africanos, asiáticos e latino-americanos sofre de alguma doença relacionada à falta de acesso a uma fonte de água limpa.

• O uso de petróleo aumentou sete vezes nos últimos cinqüenta anos. A queima de combustíveis fósseis contribui para a poluição do ar, que, segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde, mata 3 milhões de pessoas por ano.

• Os gases emitidos por automóveis, pela indústria, pela decomposição do lixo e pelo desmatamento de florestas tropicais contribuem para acelerar o aquecimento global. Nas últimas décadas, a temperatura média do planeta subiu 1 grau. Como resultado, 40% do gelo do Ártico derreteu no último meio século, fazendo subir lentamente o nível dos oceanos. O desequilíbrio climático traduziu-se também em maior quantidade de secas em algumas regiões e inundações em outras.

• A exploração do estoque dos principais peixes de valor comercial ultrapassou a capacidade de reposição da espécies. A pesca industrial já reduziu em 90% a população dos grandes peixes oceânicos.

• Um quarto da área terrestre é usada, hoje, para a produção de alimentos (agricultura e pecuária). Como as melhores áreas para a agricultura já estão em uso há bastante tempo, a fertilidade do solo caiu 13% nos últimos cinqüenta anos. Com isso, tornou-se necessário o uso de maior quantidade de adubos químicos e o avanço sobre terras periféricas ou ocupadas por florestas. Um quinto da Amazônia brasileira já desapareceu neste século.

O paradoxo é que a mesma eficiência em explorar – e, por conseqüência, danificar – os recursos naturais foi o que permitiu à humanidade atingir o padrão atual de conforto. Nunca o ser humano levou uma vida tão boa. Nas últimas quatro décadas, a renda per capita mundial triplicou. A proporção de pobres diminuiu. Jamais uma parcela tão grande da população mundial teve igual acesso a serviços básicos de saúde, alimentação e moradia. A expectativa média de vida passou de 50 para 79 anos em um século. Entre 1960 e 2000, a população mundial dobrou (de 3 para 6 bilhões) enquanto a economia cresceu seis vezes. Duas forças exercem maior pressão sobre o planeta: o crescimento da população global e a melhoria no nível de vida dos moradores dos países pobres. A ONU estima que em 2050, atingiremos o ápice populacional, com 8,9 bilhões de pessoas.

Um dos dilemas existenciais da atualidade é o seguinte: quantas pessoas vivendo com padrões de consumo do Primeiro Mundo o planeta é capaz de sustentar? "A natureza não poderá dar conta sequer dos atuais níveis de consumo, que dizer se 1 bilhão de pessoas, a maioria na China, tiverem acesso à sua primeira geladeira nos próximos dez anos", disse a VEJA o americano Stuart Pimm, especialista em políticas ambientais da Universidade Duke, nos Estados Unidos. "A solução para o problema não é barrar o desenvolvimento econômico, mas tomar decisões mais espertas em relação ao meio ambiente e evitar os desperdícios", completa Pimm. Várias características nos distanciam das sociedades estudadas por Diamond. Tratavam-se de povos isolados, a maioria deles em ilhas ou no meio de florestas impenetráveis, bem diferentes da sociedade global em que vivemos. Em nenhuma outra época alcançou-se o conhecimento que temos agora da relação de causa e efeito existente entre a nossa interferência na natureza e o modo com que isso pode nos atingir. As sociedades do passado não tinham conquistado a tecnologia que hoje nos permite enfrentar e solucionar os problemas ambientais. A tecnologia pode salvar a civilização.

"A humanidade não precisa voltar a andar de carroça para evitar a destruição dos recursos naturais", disse a VEJA o biólogo americano George Woodwell, um pioneiro da ecologia moderna. "Basta mudar um pouco os hábitos atuais de desperdício e substituir as tecnologias poluentes." Woodwell foi um responsáveis pela descoberta dos efeitos nocivos do DDT, nos anos 60. O produto foi proibido nos Estados Unidos na década de 70 e, em 1985, no Brasil. Quatro décadas atrás, o avanço na tecnologia agrícola multiplicou a produção de alimentos e permitiu o aumento da população mundial. Chamou-se a isso revolução verde. A parte negativa foi o uso indiscriminado de produtos químicos, entre eles alguns inseticidas que depois se mostraram devastadores para a saúde humana e para o meio ambiente, como o DDT.

Isso foi resolvido com novas gerações de defensivos e com o melhoramento genético das sementes, os chamados transgênicos. São lavouras que reduzem sensivelmente a necessidade de insumos químicos. Outro exemplo é a queima dos derivados de petróleo, cujos gases estão entre os maiores responsáveis pelo aquecimento global. Melhorias tecnológicas permitiram que o consumo total de combustível, em relação ao produto interno bruto dos Estados Unidos, tenha caído a quase a metade desde 1973. Os combustíveis fósseis terão de ser substituídos por fontes alternativas de energia, pois a estimativa é a de que o consumo só possa ser mantido, nos níveis atuais, por mais meio século. A tecnologia para isso – fissão nuclear, energia eólica ou a célula a hidrogênio – já existe. Nem sempre é simples convencer uma sociedade a mudar seus hábitos. "As pessoas têm dificuldade em se preocupar com questões que parecem muito distantes e incertas, como o aquecimento global", disse a VEJA o jurista americano Richard Posner, autor de Catástrofe – Risco e Resposta. Nesse livro, ele analisa as possibilidades de a humanidade vir a ser aniquilada por cataclismos naturais ou causados pelo homem.



O teórico do colapso


Diamond: "O consumo americano funcionava enquanto tínhamos recursos infinitos"

Em Armas, Germes e Aço, lançado em 1999, o geógrafo Jared Diamond explicou por que a Europa dominou o mundo. Em seu novo livro, Colapso, há trinta semanas na lista dos mais vendidos nos Estados Unidos, ele analisa o que leva as sociedades ao fracasso. Aos 68 anos, Diamond, da Universidade da Califórnia, concedeu a seguinte entrevista a VEJA.

O SENHOR DIZ QUE O COLAPSO OCORRE, EM GERAL, QUANDO AS SOCIEDADES ESTÃO NO AUGE. POR QUÊ?
O colapso tende a ocorrer no auge do poder porque é justamente quando a sociedade tem a maior população, o que exige uma quantidade cada vez maior de recursos retirados da natureza. Os recursos esgotam-se com rapidez e ela se torna vulnerável a calamidades. Em geral o colapso é repentino, porque os problemas são relacionados. Em termos simples, significa que a incapacidade de produzir alimentos suficientes leva a revoltas populares, que, por sua vez, causam a derrubada de governantes e guerras civis.

POR QUE HÁ SOCIEDADES CAPAZES DE PLANEJAR A LONGO PRAZO, EVITANDO A DESTRUIÇÃO DE SEUS RECURSOS NATURAIS, E OUTRAS NÃO?
Um fator é o tipo de problema ambiental enfrentado. O Japão tinha um grave problema de desmatamento no século XVII. Mas se trata de uma ilha bastante úmida e com muita chuva. Lá as árvores crescem com bastante rapidez. Já na Ilha de Páscoa, onde a civilização rapa nui devastou os bosques, o clima é seco. A mata demora para se restabelecer. Outro fator é a maneira como a sociedade reage diante da devastação do meio ambiente. Os japoneses tentaram resolver o problema, pois tinham consciência de que seus filhos iriam precisar daqueles recursos. Os polinésios da Ilha de Páscoa não pararam até arrancar a última árvore.

ATÉ QUE PONTO OS VALORES CULTURAIS DETERMINAM SE UMA SOCIEDADE SERÁ CAPAZ OU NÃO DE LIDAR COM O USO CORRETO DOS RECURSOS NATURAIS?
Os valores culturais de fato têm influência no sucesso de uma sociedade. O maior perigo está em valores culturais que funcionaram bem durante séculos e, de repente, deixam de ser adequados às mudanças. Nesse caso, os valores que antes eram positivos e ajudaram aquela sociedade começam a atrapalhar. O exemplo são os Estados Unidos. O país enriqueceu e se tornou o mais rico do mundo sendo consumista. Isso funcionava muito bem enquanto ele dispunha de recursos infinitos. Hoje, o hábito cultural americano de consumo exacerbado pode comprometer seriamente nossa sobrevivência.

POR QUE, MESMO QUANDO IDENTIFICAM UM RISCO AMBIENTAL, ALGUMAS SOCIEDADES RELUTAM EM PROCURAR UMA SOLUÇÃO PARA ELE?
A pergunta poderia ser: por que existem sociedades que aprendem com os erros enquanto outras não? O fato é que, muitas vezes, há conflitos de interesse que impedem as autoridades de tomar atitudes para evitar o colapso. Algumas pessoas ficam ricas causando o problema ambiental, enquanto o restante da sociedade sofre com ele. Se esses indivíduos fazem parte do governo ou o influenciam, fica difícil resolver a questão.

O FATO DE VIVERMOS EM UMA SOCIEDADE GLOBALIZADA SIGNIFICA QUE O COLAPSO DE UMA SOCIEDADE IMPORTANTE PODE SE TORNAR GLOBAL?
Sim. Os atentados de 11 de setembro de 2001 contra o World Trade Center, nos Estados Unidos, tiveram reflexos políticos e econômicos sobre outras sociedades. Não chegaram a causar um colapso, mas ilustram como o que acontece em uma nação importante tem potencial para afetar o restante do mundo. Se um país grande, como os Estados Unidos, entrar em declínio, isso com certeza afetará o resto do planeta.

Clique aqui e veja a entrevista na íntegra

Fonte: Revista Veja

Um dia a terra vai adoecer. Os pássaros cairão do céu, os mares vão escurecer e os peixes aparecerão mortos na correnteza dos rios. Quando esse dia acontecer, os índios vão perder o seu espírito. Mas vão recuperá-lo em seguida, para ensinar ao homem branco a reverência pela sagrada terra. Aí, então, todas as raças vão se unir sob o símbolo do arco-íris para terminar com a destruição. Será o tempo dos guerreiros do arco-íris." Olhos de Fogo

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A Verdadeira história das coisas



Já se perguntou de onde vem todas as coisas que compramos e pra onde vão quando nos desfazemos delas?

Com o crescimento da produção de aparelhos eletroeletrônicos e a rapidez com que estes aparelhos se tornam obsoletos, é absurdo o número de equipamentos que são substiuídos pelas pessoas, principalmente aquelas aficcionadas por tecnologia ou mesmo por força de suas profissões. Muitas pessoas doam ou vendem seus antigos equipamentos; mas, infelizmente, uma grande quantidade ainda vira lixo eletrônico.

Jogar fora ou trocar um bem de consumo não é, decididamente, o melhor negócio para o ambiente. O descarte desenfreado desses produtos tem provocado problemas ambientais sérios, principalmente por aqueles aparelhos que contêm material de difícil decomposição na natureza, como o plástico, o metal e o vidro. E a situação piora muito quando os aparelhos contêm em sua composição, materiais pesados, altamente prejudiciais à saúde do homem e do ambiente, como pilhas, baterias e produtos magnetizados, que, ao serem descartados inadequadamente, liberam substâncias tóxicas que penetram no solo, contaminam os lençóis freáticos e, conseqüentemente, aos seres humanos.

Se pararmos para refletir na quantidade absurda de cerca de mais de 50 milhões de toneladas de lixo deste tipo que é descartada incorretamente, repensaríamos nossos hábitos de consumo e , quem sabe, passaríamos a ter atitudes mais responsáveis em relação ao uso de nossos aparelhos. Consertar equipamentos eletrônicos ou eletrodomésticos pode ser mais vantajoso economicamente, além de ser ecologicamente mais adequado. Em muitos casos, o custo do conserto de um eletroeletrônico não ultrapassa 40% do valor de um bem novo.

Se você é um consumidor consciente (se não o é, já está na hora de começar, não acha?), ao levar seus equipamentos ao conserto, analise, com atenção, o custo do serviço de reparo ou manutenção; a qualidade da assistência técnica (conserto mal feito, não é bom, certo?); e a originalidade das peças a serem substituídas. Ou, se você não abre mão de um novo modelo do mercado, procure doar seu eletroeletrônico a instituições sociais ou educacionais, que poderão fazer um bom uso deles por mais um bom tempo. Ou, encaminhe-os para a reciclagem, pois seus componentes podem ser reaproveitados em novos aparelhos. Assim, seu bem terá aumentada sua vida útil, e o ambiente será carinhosamente agraciado por sua atitude ecoconsciente.

Tenho observado que, quando preciso utilizar os serviços técnicos de reparo ou mantutenção de meus eletrônicos ou eletrodomésticos, preciso esperar um tempo maior do que costumava esperar antes, devido ao acúmulo de trabalho dos profissionais que oferecem estes serviços. Isto mostra duas coisas: Felizmente, ainda há pessoas que estão mais conscientes em relação a seus hábitos de consumo (ou estão mais preocupadas com seu próprio bolso). Seja lá qual for a razão, repito o que costumo dizer: lucra o ambiente e a geração futura será beneficiada por nossas ações responsáveis .


Fonte:Faça a sua parte

Quase sempre as coisas que não usamos mais tem um peso muito grande para a natureza,pensem nisso quando acharem que precisam de algo.


Eddie Vedder
fez uma música para o filme Into The Wild que diz tudo.

Society

É um mistério pra mim
Nós temos uma ambição que concordamos
Você pensa que você tem o que quer mais do que você precisa
Até você ter isso tudo, você não esta livre.

Sociedade sua raça louca
Espero que você não fique tão só sem mim
Quando você quer mais do que possui, você pensa que precisa.
E quando você pensa mais do que você quer, seus pensamentos começam a sangrar.

Acho que preciso encontrar um lugar maior
Pois quando você tem mais do que você pensa, você precisa de mais espaço
Sociedade, realmente loucos
Espero que você não esteja tão só sem mim.

Pense naquelas coisas, mais ou menos, menos é mais
Mas se menos for mais, como você conseguira marcar?
Parece que cada ponto que você faz, você caiu um degrau
Parece que você ta começando do topo ... Você não pode fazer isso

Sociedade tenha pena de mim... Espero que você não fique triste se eu não concordar
Sociedade, realmente loucos.
Espero que você não esteja tão só sem mim.


Estes três filminhos mostram que nem sempre as coisas são como imaginamos.







ObS:Cortei algumas partes da música que se repetiam.

Prática de escalada leva esportistas a desbravarem ilhas

RIO - As ilhas do mar do Rio são a paisagem oficial das praias cariocas. Mas, enquanto a maioria dos banhistas contempla, alguns desbravadores vêem naqueles picos de rocha que brotam das águas calmas o palco de suas aventuras. De acordo com reportagem publicada na edição deste domingo do jornal O GLOBO, são os escaladores insulares, que já conquistaram vias nas rochas de quatro ilhas voltadas para mar aberto da cidade: Cagarra e Redonda, em frente à Ipanema; Pontuda, que pertence ao arquipélago das Tijucas, na Barra; e Rasa, em Guaratiba. ( Veja fotos das ilhas de alpinistas )

É preciso ser muito mais que um simples aventureiro para encarar uma escalada insular. Muitas vezes, chegar à base da rocha é tão ou mais difícil que a conquista do pico. André Ilha, que além de presidente do Instituto Estadual de Florestas (IEF) é um escalador apaixonado pelas ilhas do Rio, fala sobre o desafio.

Clique nas imagens para ver no tamanho original:




Fonte O Globo

Carro voador vai cruzar o estreito de Gibraltar

Parajet Skycar é uma mistura de automóvel com parapente

O carro voador é uma das grandes ambições da indústria automobilística. Diversos modelos com turbinas de avião e asas já mostraram suas intenções, porém poucos decolaram. Fugindo de tendências tecnológicas, o Parajet Skycar promete voar com uma proposta simples e mais barata: o parapente.

Muito usado no litoral brasileiro, o parapente foi a solução encontrada pelo projetista britânico Paul Moller para sua jornada épica programada para janeiro de 2009. A bordo do Parajet Skycar, Moller pretende voar de Londres até o Deserto do Saara, no Marrocos, atravessando pelo céu o estreito de Gibraltar, que separa a Europa da África.

Segundo o idealizador do projeto, o carro é uma amostra de que o parapente pode ser viável para automóveis, ao menos para o lazer. Impulsionado por uma hélice na traseira, o carro voador poderá alcançar 110 km/h de velocidade máxima e voar a mais de 4.500 metros de altitude por cerca de 300 km.

Além de voar, o Parajer Skycar também é um autentico veículo off-road. Semelhante a um baja, o carro possui suspensão independente e carroceria reforçada para suportar solavancos e pousos, é claro. Se aventura for concluída com êxito, o criador do carro voador inglês promete lançá-lo no mercado em 2010.

Fonte: Revista Auto Esporte

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Sobre os elásticos (STRING)

O uso de fitas de nylon, tubulares ou planas, começou a ser amplamente difundido por todo o mundo a partir dos anos 70, no Brasil também vêm sendo usadas desde então, junto com elas os elásticos.

Como solteiras, estribos, em escaladas de dificuldade e até mesmo em ancoragens, mas principalmente elas são ótimas para diminuir o atrito causado por travessias e zig-zags, além de muitas outras utilidades, as fitas são leves e versáteis, porém é com um pouco mais de energia que peço a todos, até para aqueles mais experientes e que como eu até então, estavam acostumados a tal procedimento: muito cuidado e atenção, e, neste caso até algumas restrições, para a utilização de elásticos (principalmente do tipo STRING da Petzl) em fitas longas. A minha recomendação é para que os elásticos sejam usados apenas em costuras do tipo expressa, de até 40 cm no máximo, e que por tanto não precisem ser dobradas para serem levadas no bodriê.

Esse aviso é para todos, mas principalmente para quem costuma dobrar a fita dando uma volta com esta e clipando primeiro por dentro do mosquetão reto, e então a fita é passada no curvo, desta forma uma costura longa é dobrada ao meio, o que pode resultar em imenso potencial de perigo caso a fita seja clipada primeiro no mosquetão curvo (ou preso pelo STRING), conforme pode ser facilmente percebido no desenho que segue:



Fonte:Bernardo Collares Arantes/Lista da femerj

Chapada Diamantina está virando cinzas

Quando se pensa em visitar a Bahia, um dos primeiros lugares que vêm à cabeça é a Chapada Diamantina, no centro do estado. Conhecida pela gama de atrativos para o ecoturismo e recheada de cavernas, a região passa por um momento difícil. No dia 3 de outubro, foram avistados os primeiros focos de incêndio da temporada dentro do parque nacional, com 152 mil hectares de campos rupestres, Mata Atlântica e Cerrado.

Há cerca de um mês, no entanto, as chamas ganharam força. Resultado: cerca de metade da área ocupada pela unidade de conservação já virou cinza. Trata-se da maior tragédia ambiental de sua história. “Todo o impacto poderia ter sido minimizado. Mas a divisão do Ibama e a criação do Instituto Chico Mendes deixaram todas as unidades de conservação federais órfãs”, diz Cézar Gonçalves, analista ambiental do Parque Nacional da Chapada Diamantina.

A situação entrou, faz tempo, em estado de emergência. “É um verdadeiro Inferno de Dante”, relatou Gonçalves há cerca de duas semanas. De lá para cá, o cenário só fez piorar, o que levou o servidor a enviar uma carta de desabafo carregada de emoção para os endereços eletrônicos de pessoas próximas. O teor era de profunda decepção com a atitude do governo federal, diretamente responsável pela falta de controle dos incêndios.

“A verdade é que a gente faz de conta que administra um parque nacional. Ou alguém em seu juízo normal pensa que uma área com 152 mil hectares, com mais de 100 famílias morando dentro, cercada por cinco cidades que, de alguma forma, dela se utilizam para atender a suas necessidades, pode ser administrada por cinco analistas ambientais e está tudo bem?”, indaga Cézar no texto. Logo depois, ele diz que a omissão do ICMBio e do Ibama em relação às áreas protegidas do país é tão grande, que o parque perde o sentido de existir.

Leia a matéria na íntegra no site: O ECO

Lançamento MONTANHAS do Rio Calendário 2009 | Mar de Idéias navegação cultural



LIVRARIA DA TRAVESSA

Pancas a cidade paraiso

Pra quem curte praticar esportes, Pancas é um ótimo destino.Apesar da pouca infra-estrutura para receber o turista ,os atrativos e a simpatia de seus moradores compensa a viagem, a cidade tem opções para todos que gostam de praticar esportes ao ar livre, do Vôo livre a escalada, passando por ótimas trilhas e cachoeiras.

O vôo livre

A rampa Clementino Izoton, localizada na Pedra da Colina, em Pancas, é considerada pelos praticantes como um dos mais belos locais de vôo do Brasil, ela já foi alvo de muitas competições importantes, nela existe a possibilidade de vôos 'cross-country' (de longa distância) em direção a Colatina e Linhares, além de térmicas fortes.

Trilhas
Uma opção é subir a trilha que leva a rampa de vôo livre caminhando, vale à pena, caminhada tranqüila, passando quase toda por dentro da mata.

Outro lugar que merece uma visita é o Salão de Pedra ou Gruta do Índio, Localizado próximo a sede do município, a gruta é formada pelo posicionamento e encaixe de rochas gigantes, antigas historias afirmam ser local de antiga moradia, pelo mato e lavouras ali existentes. Os relatos de moradores também afirmam ser possível entrar pela sua base e escalar uma chaminé que leva ao cume das rochas que a formam, algumas dezenas de metros acima. Possui salões de rocha relativamente grandes no seu interior, levando a crer que, realmente, o local foi moradia de índios no passado.

Escalada

Pedra da Agulha - É a segunda maior chaminé do Brasil com 500 metros de altura, é nela que fica a via de escalada chamada Chaminé Brasília, um imenso sistema de fendas largas e chaminés de larguras variadas, com cerca de 400 metros de extensão, classificada como sendo de 6º grau, devido à sua extensão e constância, ainda que não possua passagens individuais mais técnicas, a Chaminé Brasília já derrotou muitas cordadas modernas, que foram perdendo gás ao longo das entranhas da montanha.

Além da Pedra da Agulha, existem algumas outras montanhas desconhecidas e outras nem tanto como:

Pedra do camelo - Considerado o principal cartão postal da cidade; possui 720 metros de altura, localizada na comunidade de Palmital, fica a 3 km da cidade.


Pedra do leitão

Esta a 4,5 Km do Centro da cidade, pra chegar até ela é preciso seguir ate a comunidade Paranazinho.


Pedra da caraA montanha recebe este nome, porque ao olhar para ela, se vê a forma de um rosto de perfil. Esta localizada na comunidade São Pedro, possui aproximadamente 600 metros de altitude.

Pedra da gaveta
Fica a 3,5 Km do centro da cidade, ela possui uma via de escalada com 700 metros de extenção.

Para que pretende ir a Pancas, fica aqui a dica de como chegar:
Pancas situa-se cerca de 180km ao norte de Vitória, siga pela BR 101 até João Neiva. De lá, simplesmente siga as indicações para Pancas. Você sairá da BR 101 e entrará na "Rodovia do Café". É só ir seguindo a rodovia e as placas. Não tem erro.
Você passará por Colatina. De Colatina a Pancas são 52km. Próximo à metade deste trecho, há o trevo de Ângelo Frechiani. Faça o trevo. Aí são mais 23km. A viagem a partir do Rio de Janeiro é de aproximadamente 750km. De avião a melhor opção é até Vitória. Depois, de ônibus, a ligação com Vitória é feita 2 vezes ao dia pelas viações Pretti e Águia Branca ao custo aproximado de R$ 25,00 , nos horários de 7:15 e 15:30. O telefone da agência de passagens local é (27) 3726-1245. Para entrar em contato direto com a empresa Águia Branca, no disque passagem, ligue para 4004-1010

Outros pontos turísticos panquenses são:

Cachoeira do Bassani - Localizada a 3 km do centro da cidade
Cachoeira de Santa Ana - Um pouco mais distante, a 40 km da sede
Cachoeira e Prainha do São Luís - Esta bem próxima a cidade, a 2 km da sede
Cachoeira do Moraes - Vila Verde, um distrito próximo.
Parque das bromélias, na comunidade de Palmital e a unidade de conservação dos Pontões Capixabas e outras tantas opções.

Para que não conhece, ou só conhece a cidade de Pancas por foto segue link para uma câmera instalada no alto da rampa de vôo livre, em dias claros e sem nuvens é possível ver algumas magníficas montanhas, entre elas, a Pedra da Agulha e do Camelo.

Link para a Câmera

Se pedir senha:AVLP
AVLP

obs:Alguns Textos foram retirados da internet, cito a baixo algumas fontes da pesquisa

Fonte de pesquisa :

Século Diário

Webventure

AVLP-ASSOCIAÇÃO DE VÔO LIVRE DE PANCAS

Clube Excursionista Light

Para saber mais visite o site: Pancas online

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Esta no ar a 5º edição de Photobarrabes


Vamos lá galera do Brasil, aumentar nossa participação e quem sabe levar os mais de 5.000 Euros en premios!

Fotos admitidas a concurso 1135

Número de participantes 400

Países de procedencia 25
• España 327
• Argentina 10
• Brasil 9
• Portugal 13
• Grecia 6
• Italia 4
• Colombia 3
• Estados Unidos 3
• Mexico 3
• Reino Unido 3
• Andorra 2
• Chile 2
• Irlanda 2
• Venezuela 2
• Alemania 1
• Ecuador 1
• Francia 1
• Georgia 1
• Guatemala 1
• Iran 1
• Israel 1
• Peru 1
• Qatar 1
• Rumania 1
• Uruguay 1


PHOTOBARRABES2008

O macaco louco de Yosemite

Ele enfrentou 16 dias de escalada artificial em solitário para atingir o cume de 1.000 metros do El Captain, uma das paredes mais verticais do mundo. Repetiu o feito seis vezes, cada hora por uma via mais complicada, e em duas saltou lá de cima praticando base jump. Aos 29 anos, o escalador e base jumper Nicola Martinez brilha como o maior especialista brasileiro em ascensões difíceis no Yosemite,

POR DANIEL NUNES GONÇALVES

SONHO:foto 1 Nicola Martinez acorda depois de dormir pendurado num portaledge, na via When Hell Was in Session, no Porcelain Wall.

Foto 2 QUASE LÁ: Nicola durante a ascensão solitária da Tempest; mais abaixo está o escalador Dave Turner, que também escalou sozinho a via Atlantis


Leia mais clicando aqui: GOOUTSIDE.COM.BR

Pra quem quer dar uma olhada no Visual do Yosemite seguem dois links um com zoom em uma imagem de 17 Gigapixels

Yosemite

Extreme Panoramic Imaging Project

Declaração do Tirol

A Declaração do Tirol sobre a Boa Prática nos Esportes de Montanha

“Ampliem seus limites, elevem seus espíritos e almejem o topo”
Adotada pela Conferência sobre o Futuro dos Esportes de Montanha, Innsbruck, 6 – 8 de Setembro, 2002

Por todo o mundo, milhões de pessoas praticam montanhismo, caminhada, trekking e escalada em rocha. Em muitos países, esportes de montanha se tornaram um fator significante no dia-a-dia.

Quase nenhuma outra atividade engloba tão amplo espectro motivacional como os esportes de montanha. Eles proporcionam às pessoas a oportunidade de concretizar objetivos pessoais e de participar de uma atividade significativa por toda a vida. Os motivos para estar ativo nas montanhas e sobre as rochas se estendem de benefícios da saúde, prazer do movimento, contato com a natureza e incentivos sociais à emoção da exploração e da aventura.

A Declaração do Tirol sobre a Melhor Prática em Esportes de Montanha, promulgada pela Conferência sobre o Futuro dos Esportes de Montanha em Innsbruck, em 8 de setembro de 2002, contém um conjunto de valores e máximas que proporcionam uma orientação sobre a melhor prática em esportes de montanha. Não são regras ou instruções detalhadas – no lugar disso, elas:

1. Definem os valores fundamentais atuais nos esportes de montanha
2. Contêm princípios e padrões de conduta
3. Formulam os critérios de ética para tomada de decisões em situações incertas
4. Apresentam princípios éticos pelos quais o público pode julgar os esportes de montanha
5. Introduzem a iniciantes os valores e princípios morais de seu esporte.

É objetivo da Declaração do Tirol ajudar a concretizar o potencial inato dos esportes de montanha para recreação e para crescimento pessoal, e também para promoção de desenvolvimento social, compreensão cultural e consciência ambiental. Para essa finalidade, a Declaração do Tirol se vale de valores e códigos de conduta não escritos inerentes ao esporte e os expande para satisfazer as demandas de nosso tempo. Os valores fundamentais em que a Declaração do Tirol é baseada valem para todos os praticantes de esportes de montanha de todo o mundo – sejam eles caminhantes e andarilhos, escaladores esportivos ou montanhistas buscando estender seus limites em grandes altitudes. Mesmo que algumas das orientações de conduta sejam relevantes apenas para uma pequena elite, muitas das propostas formuladas na Declaração do Tirol são endereçadas à comunidade de esportes de montanha como um todo. Com essas sugestões nós desejamos atingir nossos jovens, pois eles são o futuro dos esportes de montanha.

A Declaração do Tirol é um apelo para que:

• Aceitem os riscos e assumam responsabilidade
• Equilibrem seus objetivos com suas habilidades e equipamentos
• Joguem por meios razoáveis e relatem honestamente
• Esforcem-se pela melhor prática e nunca parem de aprender
• Sejam tolerantes, respeitem e ajudem uns aos outros
• Protejam o caráter selvagem e natural das montanhas e paredes
• Apoiem as comunidades locais e seu desenvolvimento sustentável.

A Declaração do Tirol se baseia na seguinte hierarquia de valores:

• Dignidade humana – a premissa de que seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos e de que devem tratar uns aos outros em espírito de fraternidade. Atenção particular deve ser dada para equalizar os direitos de homens e mulheres.
• Vida, liberdade e felicidade – como direitos humanos inalienáveis e com a responsabilidade especial nos esportes de montanha de ajudar a proteger os direitos das comunidades em áreas montanhosas.
• Proteção da natureza – como um compromisso para assegurar o valor ecológico e as características naturais de montanhas e paredes em todo o mundo. Isso inclui a proteção de espécies ameaçadas de flora e fauna, de seus ecossistemas e da paisagem.
• Solidariedade – com uma oportunidade de, por meio da participação em esportes de montanha, promover trabalho em equipe, cooperação e compreensão, e superar barreiras em função de sexo, idade, nacionalidade, nível de habilidade, origem social ou étnica, religião ou crença.
• Realização pessoal – como uma chance de, por meio da participação em esportes de montanha, progredir significativamente em metas importantes e lograr satisfação pessoal.
• Verdade – como reconhecimento de que a honestidade em esportes de montanha é essencial para a avaliação de feitos. Se a arbitrariedade toma o lugar da verdade, torna-se impossível valorar a performance na escalada.
• Excelência – como uma oportunidade de, por meio da participação em esportes de montanha, esforçar-se para atingir metas ainda inalcançadas e para estabelecer padrões mais elevados.
• Aventura – como reconhecimento de que, em esportes de montanha, a administração do risco por meio de avaliação criteriosa, habilidades e responsabilidade pessoal é um fator essencial. A diversidade de esportes de montanha permite a qualquer um escolher sua própria aventura, na qual habilidades e perigos estejam em equilíbrio.

Os Artigos da Declaração do Tirol

As Máximas e as Diretrizes da Declaração do Tirol

Artigo 1 – Responsabilidade Individual
MÁXIMA

Montanhistas e escaladores praticam seus esportes em situações nas quais há risco de acidentes e em que a ajuda externa pode não estar disponível. Com isso em mente, eles se dedicam a essas atividades sob sua própria responsabilidade, sendo de sua conta sua própria segurança. As ações de um indivíduo não devem expor a perigo nem o próximo, nem o meio ambiente.

1. Nós escolhemos nossas metas de acordo com nossas reais habilidades ou com as da equipe e de acordo com as condições na montanha. Desistir da escalada deve ser uma opção válida.
2. Nós nos asseguramos de que temos o treinamento adequado para nosso objetivo, de que planejamos nossa escalada ou caminhada cuidadosamente, tendo providenciado as preparações necessárias.
3. Nós nos asseguramos de que estamos equipados apropriadamente em cada excursão e que sabemos como usar o equipamento.

Artigo 2 – Espírito de Equipe
MÁXIMA

Membros de uma equipe devem estar dispostos a fazer concessões para equilibrar os interesses e habilidades de todo o grupo.

1. Cada membro da equipe deve estimar seus companheiros de equipe e deve assumir responsabilidade pela segurança deles.
2. Nenhum membro de equipe deve ser deixado sozinho se isso colocar em risco seu bem-estar.

Artigo 3 – Comunidade de Escalada & Montanhismo
MÁXIMA

Nós devemos a todas as pessoas que encontramos nas montanhas ou nas rochas uma porção igual de respeito. Mesmo em condições isoladas e em situações estressantes, nós não devemos nos esquecer de tratar os outros da maneira como queremos que nos tratem.

1. Nós fazemos tudo o que podemos para não expor os outros a perigo e nós avisamos os outros sobre perigos em potencial.
2. Nós asseguramos que ninguém seja discriminado.
3. Como visitantes, nós respeitamos as regras locais.
4. Nós não atrapalhamos ou perturbamos os outros mais do que o necessário. Nós damos passagem a grupos mais velozes. Nós não ocupamos vias que outros estejam aguardando para fazer.
5. Nossos relatórios de escaladas refletem com veracidade os eventos reais em detalhe.

Artigo 4 – Visitando Países Estrangeiros
MÁXIMA

Como convidados em culturas estrangeiras, nós devemos sempre nos comportar de forma educada e com comedimento em relação aos nativos – nossos anfitriões. Nós vamos respeitar montanhas sagradas e outros lugares sagrados, ao mesmo tempo em que buscaremos beneficiar e ajudar a economia local e os nativos. Compreensão de culturas estrangeiras é parte de uma experiência completa de escalada.

1. Sempre trate as pessoas do país anfitrião com simpatia, tolerância e respeito.
2. Cumpra estritamente qualquer regulamento de escalada implementado pelo país anfitrião.
3. É aconselhável ler sobre a história, sociedade, estrutura política, arte e religião do país a ser visitado antes de embarcar na viagem para melhorar nosso entendimento sobre suas pessoas e seu ambiente. No caso de incerteza política, busque conselho oficial.
4. É sábio desenvolver algumas habilidades básicas na língua do país anfitrião: formas de saudação, por favor e obrigado, dias da semana, hora, números etc. É sempre impressionante ver como esse investimento tão pequeno melhora a qualidade da comunicação. Dessa forma, nós contribuímos para o entendimento entre as culturas.
5. Nunca deixe passar uma oportunidade de compartilhar suas habilidades de escalada com locais interessados. Expedições conjuntas com escaladores nativos são o melhor cenário para troca de experiências.
6. Nós evitamos a todo custo ofender os sentimentos religiosos de nossos anfitriões. Por exemplo, nós não devemos mostrar pele descoberta em lugares em que isso seja inaceitável por razões religiosas ou sociais. Se algumas expressões de outras religiões estão além de nossa compreensão, nós somos tolerantes e evitamos julgar.
7. Nós damos toda assistência possível a habitantes locais em necessidade. Um médico de expedição está sempre em posição de fazer uma diferença decisiva na vida de uma pessoa extremamente doente.
8. Para beneficiar economicamente as comunidades de montanha, nós compramos produtos regionais, se viável, e nos valemos dos serviços locais.
9. Nós somos encorajados a assistir comunidades de montanha iniciando e sustentando empreendimentos que favoreçam o desenvolvimento sustentável, como por exemplo os serviços de treinamento e educação ou iniciativas econômicas ecologicamente compatíveis.

Artigo 5 – Responsabilidades de Guias de Montanha e outros Líderes
MÁXIMA

Cada guia de montanha profissional, líder e membro de grupo deve entender seu respectivo papel e respeitar as liberdades e direitos de outros grupos e indivíduos. Para serem guias preparados, líderes e membros de grupos devem entender as demandas, os perigos e os riscos do objetivo, ter as habilidades necessárias, experiência e equipamento adequado, e checar o tempo e outras condições.

1. O guia ou líder informa o cliente ou o grupo sobre o risco inerente em uma escalada e sobre o nível real de perigo, e, se os participantes têm experiência suficiente, envolve-os no processo de tomada de decisão.
2. A via selecionada deve estar adequada à habilidade e à experiência do cliente ou do grupo de maneira a assegurar que a experiência seja agradável e enriquecedora.
3. Se necessário, o guia ou líder reconhece o limite de sua própria habilidade e, quando apropriado, indica colegas mais capazes para os clientes ou grupos. É responsabilidade dos clientes e dos membros de grupos deixar claro se eles acreditam que um risco ou perigo é muito grande e se o retorno ou opções alternativas devem ser seguidas.
4. Em circunstâncias como escaladas extremas e ascensões em alta montanha, guias e líderes devem informar com cuidado seus clientes e grupos para se certificarem de que todo mundo está totalmente alertado sobre os limites de suporte que guias e líderes podem prover.
5. Guias locais informam a colegas visitantes sobre as particularidades características de sua área e sobre as condições atuais.

Artigo 6 – Emergências, Morbidez e Morte
MÁXIMA

Para estarem preparados para emergências e situações envolvendo acidentes sérios e morte, todos os praticantes de esportes de montanha devem entender claramente os riscos e perigos e a necessidade de se ter habilidades, conhecimentos e equipamentos adequados. Todos os praticantes precisam estar prontos para ajudar os outros no caso de uma emergência ou acidente, e também estar preparados para encarar as conseqüências de uma tragédia.

1. O socorro a alguém em apuros tem absoluta prioridade sobre atingir objetivos que estipulamos para nós mesmos nas montanhas. Salvar uma vida ou reduzir o dano à saúde de uma pessoa ferida é muito mais valoroso do que a mais difícil de todas as conquistas.
2. Numa emergência, se ajuda externa não está disponível e nós estamos em posição de ajudar, devemos estar preparados para dar todo o suporte que podemos às pessoas em apuros, desde que seja viável sem nos expor ao perigo.
3. Deve ser proporcionado a quem esteja seriamente ferido ou moribundo todo conforto possível, bem como lhe deve ser oferecido suporte de preservação de vida.
4. Em uma área remota, se não for possível recuperar o corpo, deve ser registrada a localização da forma mais precisa possível, bem como quaisquer indicações da identidade do morto.
5. Objetos como câmera, diário, notebook, fotos, cartas e outros artefatos pessoais devem ser guardados e entregues aos familiares.
6. Sob nenhuma circunstância podem ser publicadas fotos do morto sem o consentimento prévio da família.

Artigo 7 – Acesso e Conservação
MÁXIMA

Nós acreditamos que a liberdade de acesso a montanhas e paredes de maneira responsável é um direito fundamental. Nós devemos sempre praticar nossas atividades de uma forma ambientalmente sensível e devemos ser proativos na preservação da natureza. Nós respeitamos restrições a acesso e regulamentos acordados entre escaladores e organizações de conservação de natureza e autoridades.

1. Nós respeitamos as medidas de preservação de ambientes de parede e montanha e da vida selvagem que eles sustentam, e nós encorajamos nossos companheiros escaladores a fazer o mesmo. Evitando fazer barulho, nós nos esforçamos na redução da perturbação da vida selvagem ao mínimo.
2. Se possível, nós nos locomovemos para nossos destinos usando transporte público ou outros transportes coletivos para minimizar o tráfico nas estradas.
3. Para evitar erosão e não perturbar a vida selvagem, nós permanecemos nas trilhas durante aproximações e descidas e, quando fora da trilha, escolhemos a rota menos agressiva ao ambiente.
4. Durante os períodos de acasalamento e nidificação de espécies que habitam as montanhas, nós respeitamos restrições sazonais de acesso. Logo que tomamos ciência de qualquer atividade de acasalamento, nós devemos passar adiante essa informação para outros escaladores e assegurar que eles fiquem fora da área de nidificação.
5. Durante conquistas, nós tomamos o cuidado de não ameaçar o biótopo de espécies raras de plantas e animais. Ao equipar ou reequipar vias, nós devemos tomar todas as precauções para minimizar seu impacto ambiental.
6. As conseqüências da popularização de áreas através de retrogrampeação devem ser cuidadosamente consideradas. O aumento de números pode causar problemas de acesso.
7. Nós minimizamos o dano à rocha por meio da utilização da técnica de proteção menos prejudicial.
8. Nós não apenas carregamos nosso próprio lixo de volta para a civilização, como também catamos qualquer detrito deixado por outros.
9. Na ausência de instalações sanitárias, nós mantemos uma distância adequada de casas, locais de acampamento, córregos, rios e lagos durante a defecação e tomamos todas as medidas necessárias para evitar dano ao ecossistema. Nós procuramos não agredir o senso estético das pessoas. Em áreas muito freqüentadas com um baixo nível de atividade biológica, os escaladores têm o encargo de carregar de volta suas fezes.
10. Nós mantemos o local de acampamento limpo, evitando gerar lixo tanto quanto possível ou dispondo dele adequadamente. Todos os materiais de escalada – cordas fixas, barracas e garrafas de oxigênio – devem ser removidos da montanha.
11. Nós mantemos o consumo de energia no mínimo. Especialmente em países com falta de lenha, nós evitamos ações que possam contribuir para a destruição das florestas. Em países com florestas ameaçadas, nós precisamos levar combustível suficiente para preparar comida para todos os participantes da expedição.
12. Turismo de helicóptero deve ser minimizado onde for prejudicial à natureza ou à cultura.
13. Em conflitos sobre matérias de acesso, proprietários de terra, autoridades e associações devem negociar soluções satisfatórias para todas as partes.
14. Nós temos papel ativo na implementação de regulamentos, especialmente dando publicidade a eles e implementando a infraestrutura necessária.
15. Ao lado de associações de montanhismo e outros grupos de conservação, nós somos proativos a nível político no que diz respeito à proteção de habitats naturais e do ambiente.

Artigo 8 – Estilo
MÁXIMA

A qualidade da experiência e a forma como resolvemos o problema é mais importante do que se o resolvemos. Nós nos esforçamos por não deixar rastros.
1. Nós almejamos preservar o caráter original de todas as escaladas, em especial aquelas com importância histórica. Isso significa que os escaladores não devem aumentar a quantidade de proteções fixas em vias existentes. A exceção é quando há um consenso local – incluindo a aprovação dos conquistadores – para mudar o nível de proteções fixas por meio da colocação de novas peças ou da remoção de proteções existentes.
2. Nós respeitamos a diversidade de tradições regionais e não tentaremos impor nosso ponto de vista a outras culturas de escalada – nem aceitaremos os valores de outros impostos sobre os nossos.
3. Rochas e montanhas são um recurso limitado para aventura que deve ser compartilhado por escaladores com os mais diversos interesses e por muitas gerações que virão. Nós entendemos que gerações futuras precisarão encontrar suas próprias NOVAS aventuras dentro desse limitado recurso. Nós tentamos desenvolver paredes ou montanhas de uma forma que não roube a oportunidade do futuro.
4. Em uma região em que grampos são aceitos, é desejável que sejam mantidas vias, seções de morros ou morros inteiros livres de grampos de maneira a preservar um refúgio para aventura e para mostrar respeito pelos diversos interesses de escalada.
5. Vias com proteções naturais podem ser tão divertidas e seguras para escaladores recreativos quanto vias grampeadas. A maior parte dos escaladores pode aprender a colocar proteção natural segura e todos devem ser educados para o fato de que isso proporciona aventura adicional e uma experiência rica e natural, com segurança comparável, uma vez aprendidas as técnicas.
6. Em caso de grupos com interesses conflitantes, os escaladores devem resolver suas diferenças através de diálogo e negociação para evitar que o acesso seja ameaçado.
7. Pressões comerciais nunca devem influenciar a ética de escalada de uma pessoa ou de uma região.
8. Bom estilo em alta montanha implica no não uso de corda fixas, drogas de aumento de performance ou oxigênio engarrafado.

Artigo 9 – Conquistas
MÁXIMA

A conquista de uma via ou de uma montanha é um ato de criação. Ela deve ser feita em bom estilo de acordo com as tradições da região e devem mostrar responsabilidade com a comunidade de escalada local e com as necessidades dos escaladores futuros.
1. Conquistas devem ser ambientalmente responsáveis e compatíveis com regulamentos locais, com as vontades dos proprietários dos terrenos e com os valores espirituais da população local.
2. Nós não vamos desfigurar a rocha por meio da quebra ou da adição de agarras.
3. Em regiões alpinas, as conquistas devem ser feitas exclusivamente guiando (sem peça pré-fixada acima).
4. Uma vez respeitadas as tradições locais, cabe ao conquistador determinar o nível de proteções fixas em suas vias (levando em consideração as sugestões do artigo 8).
5. Em áreas designadas como reservas selvagens ou naturais por administradores ou pelo comitê de acesso local, grampos devem ser limitados ao mínimo absoluto para preservação do acesso.
6. Cavar buracos e bater grampos durante a conquista de vias em artificial deve ser mantido em um mínimo (grampos devem ser evitados mesmo em ancoragens de paradas, a menos que sejam absolutamente necessários).
7. Vias de aventura devem ser deixadas tão naturais quanto possível, contando com proteção móvel sempre que viável e utilizando grampos apenas quando necessário e sempre sujeitando-se às tradições locais.
8. O caráter independente das vias adjacentes não deve ser comprometido.
9. No relatório de conquistas, é importante relatar os detalhes com a maior precisão possível. A honestidade e a integridade de um escalador serão presumidas a menos que haja evidência comprometedora.
10. Altas montanhas são um recurso limitado. Nós encorajamos os escladores a utilizarem o melhor estilo.

Artigo 10 – Patrocínio, Propaganda e Relações Públicas
MÁXIMA

A cooperação entre patrocinadores e atletas deve ser uma relação profissional que sirva aos melhores interesses dos esportes de montanha. É responsabilidade da comunidade de esportes de montanha, em todos os seus aspectos, educar e informar tanto a mídia como o público de uma maneira proativa.
1. Compreensão mútua entre o patrocinador e o atleta é necessária para a definição de objetivos em comum. As muitas facetas dos esportes de montanha requerem a identificação clara da especialização tanto do atleta quanto do patrocinador para maximizar as oportunidades.
2. Para manter e melhorar seus níveis de performance, escaladores são dependentes de um contínuo suporte de seus patrocinadores. Por esta razão, é importante que os patrocinadores mantenham a cobertura de seus parceiros mesmo após uma série de falhas. Sob nenhuma circunstância pode o patrocinador pressionar o escalador a obter resultados.
3. Para estabelecer uma presença permanente em toda as mídias, canais claros de comunicação devem ser organizados e mantidos.
4. Escaladores devem se esforçar em relatar suas atividades realisticamente. Um relatório preciso melhora não apenas a credibilidade do escalador, mas também a reputação pública de seu esporte.
5. O atleta é responsável em última instância por representar ao patrocinador e à mídia a ética, o estilo e a responsabilidade ambiental estatuída na Declaração do Tirol.

O Pluralismo dos Jogos de Escalada

A escalada moderna abrange um largo espectro de atividades, variando desde caminhadas e escaladas em boulders a escaladas em paredes e montanhismo. O Montanhismo compreende formas extremas de alpinismo em alta montanha e expedições de escalada em grandes altitudes como os Andes ou o Himalaia. Apesar de as linhas divisórias entre as várias formas de escalada não serem de nenhuma forma rígidas, a categorização a seguir torna possível apresentar a vasta diversidade dos esportes de montanha de forma inteligível:

Caminhada e trekking
Caminhada para abrigos de montanha, colos e cumes é a forma de montanhismo mais difundida. Uma caminhada de vários dias na montanha e em outras áreas selvagens, especialmente fora da trilha batida, é muitas vezes chamada de trek. Uma caminhada se transforma em uma forma de montanhismo tecnicamente mais exigente tão logo as mãos tenham que ser utilizadas para progresso.

Escalada de via ferratas
Vias em terreno rochoso íngreme equipadas com cabos de aço e degraus de ferro estão se tornando mais e mais populares. Uma arena até então reservada para escalada técnica em rocha torna-se acessível por meio de uma elaborada infraestrutura e sistemas especiais de proteção.

Montanhismo clássico
Um montanhista nesta categoria irá escalar vias de até 2.º grau e subir vertentes de neve e gelo de até 50º de inclinação. Os objetivos típicos nesta categoria são as vias normais de picos na zona alpina.

Montanhismo de esqui
Os praticantes desta forma clássica de alpinismo usam esquis alpinos ou esquis telemark para subir montanhas ou realizar longas travessias. Devido à complexidade das habilidades requeridas, esta disciplina se classifica entre as mais exigentes – e perigosas – formas de montanhismo.


A Hierarquia dos “Jogos de Escalada”

Um sistema para categorização dos diferentes tipos de escalada introduzido por Lito Tejada-Flores tem se mostrado útil para a descrição das muitas facetas que a escalada técnica moderna tem adquirido. Cada tipo especializado de “jogo” de escalada é definido por um conjunto informal, mas preciso, de regras formuladas de forma a tornar a tarefa à mão difícil – e por isso mais interessante. Quanto maior o perigo em um jogo de escalada específico devido ao ambiente natural, mais indulgentes as restrições para uso de equipamento técnico. Quanto menores os riscos objetivos, mais estritas se tornam as regras.

Escalada de Matacões ou Boulders
Na escalada de matacões, lances difíceis em rocha próximos ao chão são trabalhados, normalmente sem corda. O equipamento permitido é reduzido a sapatilhas, magnésio e – nos dias atuais – “crash pad”. Escalada de boulder é praticada tanto em matacões naturais e rochas quanto em objetos artificiais.

Escalada em objetos artificiais
Nos dias de hoje muitos escaladores utilizam muros artificiais para treinamento e lazer, tanto em casa, quanto em academias ou mesmo em ambientes abertos. Um número crescente de escaladores se dedica exclusivamente a muros artificiais. Há ainda novas formas como escalada terapêutica e escalada artística, como dança ou balé, por exemplo.

Escalada em falésias
Vias de um a três esticões são chamadas de falésias. Como são vias curtas e com ausência quase total de perigos objetivos, a ética da escalada livre tem ganhado aceitação internacional para esse tipo de escalada nas últimas duas décadas. Isso significa que uma via somente conta se nenhum ponto de apoio artificial tiver sido empregado para progressão durante a ascensão.

Escalada contínua
Se uma escalada é mais longa do que três ou quatro esticões, é chamada via de escalada contínua.

Escalada de grandes paredes/escalada artificial
Neste jogo de escalada desenvolvido no Vale de Yosemite, os praticantes ascendem paredes, que não podem ser escalada em livre, com equipamentos especialmente projetados. Eles se esforçam para reduzir tanto quanto possível a perfuração de buracos para a colocação de grampos ou de outros meios de progresso, dessa forma deixando o mínimo de vestígios após completar a ascensão.

Escalada alpina
No “jogo alpino”, os praticantes não apenas têm que lidar com problemas postos pela escalada em si, mas também com perigos “objetivos” do ambiente freqüentemente hostil das altas montanhas. Como a sobrevivência freqüentemente depende não apenas da habilidade de dominar com segurança os problemas técnicos da via, mas também da velocidade da cordada, as regras não escritas do jogo alpino classicamente permitem o uso de pitons e proteções móveis para progressão. Entretanto, num processo iniciado no final dos anos sessenta, os princípios de escalada livre têm sido aplicados de forma crescente às altas montanhas. Apesar de no início da nova era o foco estar centrado na escalada em livre de vias normalmente escaladas em artificial, não levou muito tempo para que novas escaladas difíceis – conquistadas de acordo com regras mais estritas – aparecessem nas montanhas. Elas incluem tanto vias de aventura extremamente audaciosas, quanto escaladas esportivas hedonísticas.

Um importante aspecto da escalada alpina é a ascensão de vias de gelo. Isso abrange desde vertentes clássicas de gelo a empreendimentos futurístico incrivelmente difíceis. Um tipo de escalada de gelo que tem se tornado popular recentemente é a ascensão de cascatas congeladas, estalactites de gelo e rochas com finas camadas de gelo. Vias mistas de rocha e gelo modernas algumas vezes envolvem movimentos muito difíceis em rocha com o auxílio de crampons e ferramentas de gelo. O jogo é governado pelas regras da escalada em livre. As vias de gelo e as mistas podem variar desde brincadeiras de um curto esticão até operações audaciosas em grandes altitudes que podem demorar muitas semanas.

Escalada de aventura e escalada esportiva
A terminologia moderna de escalada diferencia os estilos de escalada de aventura ou tradicional e de escalada esportiva. Escalada de aventura ou “trad” tem os seguintes elementos:

• A performance é julgada pela quantidade de resistência a estresse necessária para ascensão da via.
• O escalador é responsável pela colocação de proteção ou tem que se virar sem ela.
• Erros cometidos pelo guia podem ter conseqüências drásticas.

Escalada esportiva é caracterizada da seguinte forma:

• A performance é julgada pelo grau técnico da via escalada.
• O elemento cinestésico é dominante.
• Grampos proporcionam proteção perfeita.
• Se técnicas modernas de asseguramento forem empregadas da forma apropriada, quedas de guias tendem a não ser severamente punidas.

Os estilos de escalada de aventura e esportiva podem ser aplicados tanto a morros como a paredes alpinas.

Entre as versões puras de escalada de aventura e escalada esportiva/plaisir há numerosas forma híbridas.

Jogos e “filosofias” de segurança diferentes correspondem a necessidades individuais divergentes de escaladores. A riqueza de formas nos esportes de montanhas proporciona prazer e realização pessoal para um grande número de pessoas – um fato que nós celebramos.

Tanto os amantes da escalada esportiva quanto os seguidores da filosofia da aventura têm o direito de escalar de acordo com seus desejos e habilidades.

Deve ser nosso objetivo preservar o pluralismo dos estilos de escalada, deixando a cada um sua arena específica.

Escalada super-alpina
Esta disciplina de montanhismo aplica regras de escalada alpina a terrenos de alta montanha em picos de seis, sete e oito mil metros há muito reservados para expedições tradicionais. No jogo super alpino, cordas fixas, ajuda de fontes externas ou a instalação de uma cadeia de acampamentos e as garrafas de oxigênio são todas rejeitadas.

Escalada de expedição
Duas formas deste jogo foram desenvolvidas: A primeira variante tem a função de permitir que o máximo número de membros alcance cumes prestigiosos em altas montanhas por meio da via normal. Eles otimizam a probabilidade de sucesso por meio do uso liberal de carregadores, cordas fixas e oxigênio artificial.

Em contraste, a forma extrema de escalada de expedição emprega esforços para empurrar os limites da dificuldade técnica com a ajuda da maior parte dos equipamentos modernos, excluindo oxigênio engarrafado: cordas fixas, acampamentos em portaledge e depósitos de equipamentos.
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